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Ao invés de cadeiras, um banco linear ou em ‘L’: arquiteta Marina Carvalho ensina como aplicar o mobiliário e ganhar mais área útil e conforto nos projetos

Conhecido por marcar presença no layout de restaurantes, lanchonetes e cafés, cada vez mais o canto alemão vem ganhando espaço nas residências. Com origem na arquitetura de interiores da Alemanha, uma vez que a solução se tornou comum nos pubs do país, o móvel figura-se como um elemento coringa ideal para o mobiliário de salas de jantar menores, dispondo de mais posições para acomodar, de forma compacta, um maior número de pessoas.

 

De forma geral, o canto alemão é representado pela produção de um banco extenso e sem divisórias que fica instalado na parede e executado de acordo com as características do local e do décor proposto. A arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva seu nome, é uma entusiasta do recurso que equaciona diversas situações nos projetos que realiza. “Eu aprecio muito a beleza e a praticidade que o canto alemão agrega aos ambientes. Ele é tão versátil que podemos incorporar aos mais diferentes estilos decorativos, desde o clássico, contemporâneo e até o rústico. O que o torna único são os detalhes da marcenaria e do estofado”, define.

 

Muito presente nas salas de jantar, ela ainda acrescenta que o canto alemão igualmente pode integrar outros ambientes como a sala de estar ou a cozinha, oferecendo aos moradores e convidados comodidade em todas as ocasiões.

 

Medidas do canto alemão

Adotado como recurso para ambientes com áreas menores, isso não quer dizer que o móvel não possa compor cômodos com outras dimensões. Todavia, ao escolher o local em que será instalado, é preciso atentar-se às medidas do espaço e para a confecção do móvel. De acordo com a arquiteta, em geral o canto alemão apresenta 90 cm de altura e 45 cm de profundidade. “O primordial é sempre considerar o bem-estar de quem está sentado à mesa”, destaca. Com relação ao estofado, o material deve ser agradável para não afundar, como também não ser rígido demais tanto no sentar-se, quanto no apoio das costas. “Por si, o canto alemão sempre chama atenção e, como nos restaurantes, as pessoas quando o veem querem logo experimentar. Por isso, é imprescindível que ele ofereça comodidade”, completa.

 

 

Muito mais, em menos espaço

A arquiteta Marina Carvalho exemplifica, em números práticos, as vantagens do canto alemão no décor de interiores:

 

  •     Na formatação de uma mesa padrão com 4 cadeiras, a inserção do canto alemão permite prover de 5 a 6 lugares;

 

  •     Em uma mesa com 6 cadeiras, o móvel amplia os assentos para até 8 pessoas;

 

  •     Já para uma mesa de 8 posições, o canto alemão abre espaço para até 10 pessoas.

 

 

Decoração do canto alemão

Cada ambiente requer um olhar especial, efetivando as adaptações exigidas para cada layout e décor. No tocante às mesas, não há restrições quanto ao formato: de acordo com a área disponível, o profissional de arquitetura é quem define qual formato – quadrado, retangular, redonda e, até mesmo a triangular. O material também pode ser variado – madeira, laca ou vidro, entre outros –, e não precisa, necessariamente, acompanhar a mesma cor das cadeiras e dos assentos. “Particularmente, gosto da unidade em empregar o mesmo tecido das almofadas do canto alemão também nas cadeiras”, revela Marina.

 

Definido o estilo do canto alemão, mesa e cadeiras, é hora de determinar o pendente e os elementos decorativos que complementarão a sala de jantar. “Essa finalização faz toda a diferença. Seguindo o estilo da decoração, gosto de apostar em vasos com plantas, uma fruteira, quadros e até mesmo outros componentes como uma coleção de chapéus Panamá. A constituição com o canto alemão carrega, por si só, muita personalidade”, orienta a profissional.

 

Móveis feito por marcenaria

Como cada projeto tem a sua particularidade, os móveis sob medida costumam ser uma resposta interessante, uma vez que o ambiente ganhará o canto alemão adequado ao seu formato e a proposta de otimizar a sala de jantar. E junto com isso, a possibilidade de adicionar outras possibilidades, como um baú interno que pode ampliar o espaço de armazenamento do morador. “Da mesma forma, a mesa também pode ser executada na altura e comprimento que melhor atendam o que precisamos”, relaciona Marina.

 

Sobre a arquiteta Marina Carvalho 

Graduada pela faculdade de Arquitetura e Urbanismo, com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos na Fundação Getúlio Vargas, no início de sua carreira, Marina de trabalhou no Estúdio Penha, e, posteriormente, com Arthur Casas, onde ocupou por muitos anos um cargo de coordenadora em uma das maiores incorporadoras da América Latina. Esta etapa foi importante em sua carreira pois lhe deu a percepção de que sua verdadeira realização só viria quando pudesse levar às pessoas tudo em que eu acreditava. 

 

A decisão de montar seu próprio escritório aconteceu após passar uma temporada morando em Londres, o que aumentou sua inquietude. Marina, que acumula cursos em seu currículo, entre eles, o técnico de Design de Interiores do Senac, entre outros (iluminação, fotografia, paisagismo, cenografia), optou pela liberdade de fazer aquilo em que acreditava por meio de um projeto autoral. 

Atualmente a arquiteta trabalha no escritório que leva o seu nome, Marina Carvalho Arquitetura. Para ela, perceber nos olhos do cliente o sentimento de alegria e satisfação no dia da entrega é o que a faz acordar feliz todos os dias. 

 

www.marinacarvalho.com 

(11) 4324-4555 

@marina.carvalho.arquiteta 

 

Crédito: Evelyn Müller

Fonte: DC33 Comunicação