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Terreno em frente ao campus, onde será construído o primeiro empreendimento Student Housing de Curitiba, tem quadras esportivas, estação de separação de lixo reciclável, além de espaços para eventos ao ar livre. 

Foi aberto ao público, nesta semana, o Hub ALTMA HIEX, praça de lazer e serviços que é parte de uma parceria inédita entre as duas incorporadoras (ALTMA e HIEX), a incubadora de recém formados Atelier 1901 e a PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná). 

O espaço foi concebido para oferecer a experiência do uso compartilhado de uma área que ficaria ociosa até o início das obras do primeiro Student Housing de Curitiba. O empreendimento de moradia estudantil será construído a partir de dezembro de 2023. O terreno, de quase 2 mil metros quadrados, fica em frente ao principal portão de acesso ao campus, na Rua Imaculada Conceição (Prado Velho) e foi escolhido para o projeto inovador do edifício residencial voltado ao público de estudantes da PUC, que terá 170 apartamentos compactos e área de lazer elevada, no rooftop com piscina, churrasqueira e salão de festas, além de praça central aberta à comunidade em horário comercial. 

“O novo empreendimento da ALTMA e HIEX pretende ser um espaço de memória e não apenas de moradia. O propósito é que seja referência de habitação para os estudantes, inspirada em modelos internacionais de fraternidade. O ineditismo do projeto começa na definição do público único, o que é atípico para o mercado imobiliário. O nosso produto será para os estudantes da PUC e estamos inovando ao fazer o empreendimento em conjunto com eles. Nossa premissa é que, primeiro, a praça seja um espaço de convivência, antes do início da construção do empreendimento. Daqui até o lançamento, queremos que a experiência comece”, conta o diretor de desenvolvimento imobiliário da ALTMA, Gabriel Falavina.

Assinado pelo Urbideias, o projeto do Hub ALTMA HIEX é parte de uma estratégia de propulsão urbana e prevê a ativação do terreno para gerar experiências antes do empreendimento propriamente dito existir. “O objetivo é que a comunidade da PUC vá criando um vínculo afetivo com o espaço, que, depois da conclusão do edifício, será transformado em uma praça de uso coletivo permanente. Por isso, pensamos em algo que seja útil para os estudantes e também para os moradores da região”, explica o arquiteto e urbanista Richard Viana, um dos sócios fundadores do estúdio-laboratório. 

Espaço de convivência, esportes e diversão

Pelo período de um ano, até o lançamento do novo empreendimento da ALTMA e HIEX, o hub ficará aberto à comunidade, com acesso gratuito durante o dia. A infraestrutura inclui espaços esportivos, como quadra de beach tennis e meia quadra de basquete. A praça tem, ainda, gramado para picnic e living com mobiliário, que inclui módulos multiuso e mesa para estudos. “Criaremos um bosque que reduz os ruídos da rua na área de convivência. A vegetação contorna o espaço de living e ameniza o barulho da rua, tornando o local mais convidativo e adequado para a leitura e descanso. As áreas verdes da praça foram pensadas para criar o microclima no terreno, que não era arborizado. A ideia é fazer com que os frequentadores se sintam ilhados da vida urbana e possam aproveitar o sol e todo o espaço ao ar livre”, descreve Viana. 

Para servir também de local de eventos universitários, a praça tem infraestrutura pronta para receber palco e telões, espaços para a instalação de banheiros e lavatórios, e entrada de food trucks. Além disso, possui área de recuo, para evitar aglomerações do público na calçada, e área de embarque para usuários dos aplicativos de transporte, uma das demandas dos estudantes identificadas pelos projetistas. Por fim, a estrutura contempla estação de separação do lixo e estacionamento para bicicletas. 

Além da infraestrutura de uso compartilhado, a proposta é dispor diferentes opções de serviços associados à rotina dos estudantes universitários no hub. Por isso, o projeto inclui cinco módulos adaptáveis, criados com a intenção de atrair parceiros durante o período que antecede o lançamento do empreendimento residencial. “A ideia é ter lojas no formato pop up, com período de funcionamento pré-determinado. E o foco é atrair negócios que atendam às demandas do público de estudantes, como cafeteria, livraria, academia de ginástica e diferentes tipos de comércio que qualifiquem o espaço”, complementa Viana. 

O ponto de encontro dos estudantes, que terá os portões fechados durante a noite, também deve estimular a circulação de pessoas no entorno da PUC aos finais de semana e melhorar a segurança na região. O projeto incluiu estrutura lumínica com automação e foco na iluminação noturna do espaço. “Enxergamos a PUC como o mar na praia. A região vai ter muitos ganhos com um empreendimento assim. Melhor iluminação, comércio qualificado, infraestrutura, paisagismo e o movimento diuturno, que vai valorizar a região como um todo. Também estamos em contato com representantes da comunidade do entorno da PUC, para pensar ações que realmente favoreçam a região. Os projetos no terreno têm a premissa social e vamos, inclusive, direcionar recursos arrecadados, por exemplo, com ingressos para eventos na praça, para ações comunitárias, que incluem a arrecadação de donativos para famílias carentes”, completa Falavina.


Parceria com a PUC-PR

Através da parceria com a universidade, a praça e também o novo empreendimento das incorporadoras ALTMA e HIEX terá o envolvimento de estudantes de diferentes cursos da PUC-PR em várias etapas. A primeira ação envolvendo os universitários já ocorreu: foi um concurso de interferência gráfica, que escolheu três de 18 projetos desenvolvidos por estudantes da graduação em Design. Além de receberem premiação em dinheiro (R$ 3.300 por projeto), as equipes selecionadas foram convidadas para executar as intervenções em três muros, com criações que envolvem diferentes técnicas, como pintura, spray e grafitagem. 

Na universidade, a organização do concurso ficou a cargo do professor Luis Fernando Fonseca Kasprzak, coordenador dos cursos de Design de Produto e Design Gráfico. Segundo ele, a ação teve a pronta adesão dos estudantes, que devem concluir as intervenções até o dia 12 de dezembro. “A proposta foi sensacional e os estudantes ficaram extremamente engajados. É um momento inédito para os alunos do curso de Design vivenciarem a técnica do graffiti em um espaço que vai oportunizar a realização de atividades saudáveis, envolvendo o esporte, o relaxamento e a convivência. Um espaço com ótimas vibrações”, diz. 

De acordo com o coordenador, o anúncio da chegada do modelo Student Housing também despertou o interesse da comunidade acadêmica. “A ideia de existir um empreendimento no terreno em frente ao campus viralizou entre os estudantes que não residem em Curitiba.  A proposta do edifício é uma oportunidade excepcional para atender alunos e colaboradores do campus. E também é ótima a concepção inicial de um parque temático para aproximar a comunidade acadêmica desde já”, avalia. 

A ação e a parceria com a universidade foram viabilizadas pelo arquiteto formado pela PUC-PR, Ismael Zanardini, que também foi professor da instituição, na graduação e pós-graduação, por 10 anos. Fundador do Atelier 1901, uma incubadora de recém formados em Arquitetura, ele planeja realizar uma ação por semestre envolvendo os universitários, até a conclusão do empreendimento das incorporadoras na frente do campus. O cronograma inclui um hackathon ou maratona de desenvolvimento de produto em abril, que terá a participação dos cursos da Escola de Belas Artes da instituição. Para julho de 2023, o planejamento prevê a inauguração de disciplina optativa apadrinhada pela ALTMA e HIEX, que deve incluir atividades práticas no canteiro de obras. 

“Estamos abraçando a oportunidade de construir o projeto juntos com os estudantes, trazendo a universidade para o empreendimento. Essa é uma forma muito assertiva de envolver o público que já está logo ali, na frente do terreno. Como eu adoro ensinar, a proposta do hub e da parceria das incorporadoras com a instituição era o que eu precisava para fazer o link com os acadêmicos, professores e profissionais recém formados, que poderão ter o projeto em seus portfólios. É uma conexão forte e completa entre o empreendimento e a vida acadêmica” avalia Zanardini. A incubadora, que tem 22 jovens arquitetos e mentores de 26 empresas parceiras, será responsável pelos projetos de interiores e áreas comuns do novo empreendimento da ALTMA e HIEX.