Skip to main content

Está feito. Demos a ele, pela terceira vez, as chaves dos cofres, o comando de estatais bilionárias e o destino de nosso país pelo próximo quadriênio.

Trata-se de uma nova era, dirão alguns, mas o fato é que os tiramos da cadeia direto para o trono palaciano, com direito a megafesta, como se nada, nunca, tivesse acontecido.

Fato é que Bolsonaro, com sua incapacidade intelectual notória e baixa autoestima, convertida em boçalidade, nos devolveu ao ponto de partida, nos entregou um governo absolutamente inerte, sem resultados expressivos e com total insensibilidade humana, camuflada em genocídio pelos críticos mais radicais.

Um é o inverso do outro. Enquanto Lula é o populista getulista, com discurso que reverbera no desespero que açoita os menos favorecidos, Bolsonaro foi o presidente vago, de ideias esvaziadas e incapacidade de liderar, de cobrar, de forjar em seus comandados um governo forte o suficiente para se repetir.

O futuro é incerto. Nas mãos de um comunista que já fracassou no comando da cidade com o maior PIB da América Latina repousam as esperanças de que a economia nacional encontre o caminho para o desenvolvimento. Parece improvável que tenhamos crescimento sem que o atual governo endivide o país, como é de hábito.

No discurso de Luiz Inácio, emocional e piegas, faltou falar das reformas, que são a mais importante pauta em nosso país. Faltou falar de como pretende comandar um país-continente em meio a ameaça de desglobalização. Faltou falar de quais são seus planos para  o crescimento econômico sustentável, vital para salvar aqueles por quem ele chorou no palanque.

As ações desse governo até o momento revelam que temos, por enquanto, mais do mesmo e que o modo PT de administrar já se infla de planos fisiológicos, encorajados pelo aval em uma nova administração. 

Nesse ponto são iguais ao antecessor.

Nos resta assumir nossa vocação para alimentar o planeta, rever nossos parques fabris para produzirmos mais, investirmos em excelência no atendimento ao público e, sobretudo, cobrar de modo efetivo que tal gestão tenha posições e preocupações realmente contemporâneas, que consigam ler o país em sua realidade e que, sobretudo, descubram vez por todas que não há socialismo sem a geração de riquezas.


Rodrigo Corrêa de Barros é formado em direito, especialista em planejamento de marketing para o mercado imobiliário.