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Os shopping centers precisam estar atentos ao futuro. O tempo é implacável e triunfará quem entender os ventos da mudança – que, por sinal, ele traz e não tarda a chegar.

 

Os últimos anos foram de muitas transformações na economia. Se adequar a um período com tantas novidades, no entanto, não é fácil para ninguém. Imagine, então, para tudo que envolve um importante setor da economia brasileira. É correto afirmar que o varejo ainda tenta se adequar às novas opções que a tecnologia permite. O futuro, porém, já é vislumbrado por quem é do segmento.

Eu, particularmente, vejo os shoppings centers, em geral, muito analógicos e atrasados. É como se o grosso desses grandes centros varejistas, no Brasil, tivessem dado passos de formiga enquanto outros caminharam feito elefantes. A crise econômica que abalou o País nos últimos anos explica parte dessa inércia, é bem verdade. Mas passa longe de ser só isso.

O comportamento do consumidor brasileiro mudou bastante nas últimas décadas. Se houve uma crise, há de se considerar, também, o crescimento expansivo de uma classe média ávida por estar dentro de tudo, consumir e ter acesso ao que antes era impossível de alcançar. E parece que os shoppings centers brasileiros, tão tradicionais e que pouco mudaram da década de 1960 para cá, ainda não entenderam esse movimento.

De acordo com um levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (ABRASCE), apenas 37% dos frequentadores vão a um shopping com o objetivo de realizar compras. Estimular a interação entre marcas e o público em geral, então, passa a ser fundamental. Outro problema: muitas vezes, o consumidor não encontra o que deseja. A longo prazo, a repetição dessa negativa faz com que ele deixe de procurar os grandes centros varejistas e acabe dando munição para alguns rivais.

A internet, o e-commerce e as plataformas mobile de comércio cresceram rapidamente e, hoje, ganham cada vez mais adesão no grande público. Para isso, existem algumas palavras-chave que devem ser mentalizadas como um mantra por todos que atuam em shopping centers:

– Conveniência
– Atendimento
– Preço
– Qualidade
– Variedade
– Experiências

Tudo isso, como não poderia deixar de ser, em tempo real.

O mundo, cada vez mais conectado, deseja que suas marcas favoritas estejam sempre se comunicando de maneira instantânea. Para ser lembrado no mercado, inclusive, ter boa presença virtual é importantíssimo. É nesse contexto que instituições outrora desconhecidas, cada vez mais tomam o espaço de antigos bichos-papões do segmento. É lembrado (e consumido) quem se adapta. É o darwinismo varejista.

Não adianta, agora, trabalhar campanhas de marketing ou promoções sem levar em conta redes sociais ou o que diz o cliente. E cada um deles importa. Cada like no Facebook ou comentário no Instagram traz uma mensagem e tem um valor inestimável. Do mesmo modo, parcerias com influenciadores digitais podem ser mais efetivas que espaços publicitários em emissoras de televisão, por exemplo.

Também é importante destacar que cada shopping possui suas características específicas. Hoje, o Brasil conta com mais de 500 shoppings. Existem empreendimentos para todos os gostos, de acordo com faixa etária, renda, tipo de produto preferido e localidade, por exemplo. O contato com a comunidade também é importante nesse contexto, ele é estratégico.

Os shopping centers precisam estar atentos ao futuro. O tempo é implacável e triunfará quem entender os ventos da mudança – que, por sinal, ele traz e não tarda a chegar.

Crédito: Divulgação
Fonte: Meio e Mensagem – by Silla Brasil