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Pesquisa de outubro aponta que foram vendidos aproximadamente 1,1 mil residenciais usados em Curitiba; média dos últimos três meses é 59% maior do que a do mesmo período de 2019

 

O crédito farto e a redução da taxa Selic seguem alavancando o mercado imobiliário na capital paranaense. Pelo terceiro mês consecutivo, a estimativa de venda de imóveis residenciais usados ultrapassa a marca das mil unidades, o que remonta a um patamar similar ao presenciado durante o chamado boom imobiliário.

“A média de negociação dos últimos três meses fechou em 1.131 unidades; uma rápida comparação com o mesmo período do ano de 2019 nos mostra um aquecimento da ordem de 59%, o que é extremamente positivo”, destaca Jean Michel Galiano, presidente do Instituto de Pesquisa do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, a respeito do último estudo realizado pelo Inpespar com as empresas associadas.

_Valores dos imóveis_
A pesquisa aponta ainda que 80% dos imóveis negociados têm valores de até R$ 500 mil. “Aqueles que têm por prática o investimento imobiliário dificilmente utilizam de financiamentos, então essa alavancagem de vendas pode ser atribuída àquelas pessoas que estão comprando imóveis para morar”, explica Luciano Tomazini, vice-presidente de Comercialização Imobiliária do Secovi-PR.

A média do Valor Geral de Venda (VGV) observada nos meses de agosto, setembro e outubro alcançou R$ 401 mil, e o ticket médio está em R$ 356 mil. “Para se ter uma ideia melhor do que representa esse momento que estamos vivendo, o VGV nesses três meses foi 65% maior do que o observado no mesmo período no ano de 2019”, explica Galiano.

_Oferta de crédito_
Segundo Tomazini, uma importante característica verificada quando ocorre aquecimento de vendas acima da média é a quantidade de financiamentos ser bem maior do que o número de compras à vista. “Desde abril, temos observado que 60% dos negócios realizados utilizaram financiamentos, e de junho em diante esse número tem se mantido muito próximo dos 70%”, explica Tomazini.

“O Brasil tem um déficit habitacional de quase 8 milhões de unidades, e a oferta de crédito ainda é muito mais baixa do que vemos nos demais países em desenvolvimento, então é um mercado promissor, que tem muito a se desenvolver”, pondera Tomazini.

_Tipologia e localização_
De acordo com a pesquisa, praticamente 60% das vendas registradas em outubro estão distribuídas em apartamentos de dois (29,7%) e três dormitórios (29,7%), seguidos por sobrados (13,1%), sobrados em condomínios fechados (10,6%) e apartamentos de um dormitório (6%).

Já a localização desses imóveis concentra-se em maior parte no Centro (5,7%), seguido pelo Bairro Alto (4,6%), depois pelos bairros Boa Vista, Campo Comprido e Portão (4,2%) e também Bigorrilho, CIC e Jardim das Américas (3,5%).

Crédito: Divulgação
Fonte: V3 Com.