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*Por Fátima Galvão

 

A coletividade exige certas normas de convivência, e o papel daquele que é responsável por manter a paz e a concórdia nem sempre é fácil, pois cada indivíduo tem um determinado tipo de educação familiar. Não que antes fosse fácil, longe disso, mas o papel do síndico certamente se tornou muito mais desafiador nesse último ano.

 

Foram restrições, bandeira vermelha, laranja, briga por espaço, por não uso de máscara, som alto, barulho excessivo e mais uma infinidade de questões nas quais a responsabilidade por manter a ordem recai sobre o síndico, e este deve estar preparado sempre, independentemente do horário, para apaziguar os ânimos, chamar os moradores para o retorno à razão e tornar possível a continuidade da vida em coletividade.

 

Ou seja, cabe a nós, síndicos, usar de toda a experiência e até de técnicas de resolução de conflitos, por exemplo a leitura da linguagem não verbal, para entender a mensagem por completo e, quando há possibilidade, realizar a recontextualização dos fatos, para que os envolvidos possam ter a perspectiva dos fatos sob outro ponto de vista.

 

Além de agir com imparcialidade, cabe ao síndico sempre se balizar e ter como fiel da balança dois dispositivos jurídicos que estão à disposição, a Convenção Coletiva e o Regimento Interno, pois, ao segui-los fielmente, correrá menos riscos de trilhar apenas o entendimento particular, preservando-se perante ao cargo e suas responsabilidades, diminuindo as chances de erro.

 

Ser síndico é uma provação, mas também uma satisfação. É algo que está presente no perfil de determinadas pessoas que têm a vocação para liderar, organizar e gerir, para aqueles que têm disposição para trazer um ambiente harmônico e tranquilo, seja no condomínio residencial ou comercial. Estar preparado é muito importante, da mesma forma que trocar experiências com outros síndicos e participar de cursos. Que possamos aproveitar um dos aspectos positivos aflorados nesse momento tão difícil, a virtualidade.

 

**Fátima Galvão é vice-presidente de Condomínios do Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi/PR).

 

Crédito: Divulgação

Fonte: Fátima Galvão