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*Por Marcelo Kogut, CMO da fintech de consórcios Mycon

Quando o assunto é dívida, todo cuidado é pouco. Nem preciso dizer que, quando a discussão é a sua dívida na mão de um grande banco, a situação fica ainda mais crítica. Estou falando isso porque, nos últimos meses, um tema voltou às manchetes: o aumento na procura por parte dos consumidores em financiamento para casa própria. É como se, de repente, tenha ficado barato pegar dinheiro emprestado no banco para comprar uma casa.

A concessão de crédito para a compra e a construção de moradias no Brasil atingiu R$ 7,27 bilhões em janeiro deste ano, o que representa crescimento de 42,7% em relação ao mesmo mês, só que no ano anterior. O que explica esse salto importante é uma anunciada queda nas taxas cobradas pelos bancos, movimento que vem acontecendo desde que os juros básicos da economia, a Selic, começou a cair, em meados de 2016.

O discurso oficial é de que, com o corte de 10 pontos percentuais da Selic em um espaço de 28 meses – saindo de 14,25% para os atuais 4,25% ao ano, o crédito para habitação despencou de uma taxa média de quase 11% ao ano em 2016 para 7,5% agora. Só a Caixa Econômica Federal, responsável pela maioria dos contratos do País, diz que a taxa foi cortada para 6.5% em sua modalidade mais popular, que leva em conta os juros prefixados, mais a taxa referencial (TR) que hoje está zerada.

Mas será que isso é verdade? Lanço a você um desafio: procure seu gerente do banco e peça a ele uma simulação para um financiamento imobiliário. Duvido que saia de lá com a taxa mínima de 6,5% ao ano. Isso porque, como o nome diz, essa não é a taxa média dos contratos, mas a mínima praticada. Não à toa, praticada para um volume mínimo de clientes. A taxa máxima na mesma instituição é de 9,75% ao ano, percentual oferecido para a maior parte dos consumidores. Mas mesmo assim, essa não vai ser a alíquota final que vai aparecer no contrato.

Quem já tomou um financiamento imobiliário sabe que, no fim das contas, a instituição ainda acresce à taxa acordada outros penduricários, como os seguros por morte e invalidez permanente, que sobem de preço em função da idade, o histórico de crédito ou o relacionamento do tomador com o banco. A isso dá-se o nome de Custo Efetivo Total (CET) do financiamento imobiliário.

Outra característica do momento é que, com o aumento da demanda, os bancos estão muito mais criteriosos para conceder o financiamento. O volume de documentação e as exigências com renda são hoje muito mais altas do que há alguns meses.

Uma opção ao tradicional financiamento imobiliário é o também muito popular consórcio.

Para quem não conhece essa modalidade de crédito, o consórcio é um sistema de compra compartilhada, que reúne pessoas, que querem adquirir um imóvel, realizar reformas e construções, e ainda, quitar financiamentos bancários para se livrar dos juros e economizar um bom dinheiro.

Para participar, você escolhe um valor de crédito que precisa e paga uma parcela mensal menor do que os financiamentos convencionais, pois não há juros. A administradora é responsável por gerir todo o processo, por este serviço ela cobra somente uma taxa de administração fixa, que é diluída durante o todo período.

As contemplações dos consórcios ocorrem nas assembleias mensais, com sorteios realizados pela loteria federal. A retirada do crédito pode ser feita por sorteio, do qual participam todos, em iguais condições, e por lance, que é um percentual que o cliente pode ofertar para aumentar as chances de contemplação. O lance vencedor pode ser pago com seu próprio recurso financeiro ou utilizando parte do crédito do consórcio. Após análise de documentações e aprovação, o crédito é liberado.

O segmento de consórcios é fiscalizado pelo Banco Central, trazendo segurança e transparência para os consumidores. Mais de 7 milhões de pessoas participam do sistema de consórcios. Somente em 2019 foram comercializados mais de 120 bilhões em créditos. Nosso propósito é “descomplicar” e “modernizar” o consórcio, para que cada vez mais pessoas possam conhecer e planejar as suas conquistar de forma econômica, por meio deste modelo de compra compartilhada, tipicamente brasileiro.

Crédito: Divulgação
Fonte: Vinicius Cordoni Relações Públicas