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Qual é o momento certo e como posso ter certeza de que estou optando pelo melhor caminho no momento?

 

Placas de “vende” e “aluga” multiplicam-se pelo País, criando diversas oportunidades para quem está em busca de imóvel. E quando o consumidor está pronto para dar esse importante passo, surge a dúvida: qual a melhor alternativa — comprar ou alugar um imóvel? São muitas as variáveis a se ponderar nesse momento e ambas têm suas vantagens e desvantagens. O importante é saber estudar cada caso, analisar de acordo com a situação financeira vivida e, no fim, questionar-se:

Vale a pena comprar?

Estamos em um momento em que os preços dos imóveis vêm caindo e as taxas de juros também — o que é muito bom, mas ao mesmo tempo necessita sempre de atenção. Hoje a taxa média de juros para o financiamento imobiliário está em 7,8% a.a; enquanto que em 2016 essa taxa média era superior a 10% a.a. Cabe lembrar que existem algumas linhas de financiamento mais baratas e com subsídio do governo, como o MCMV. Nessa linha, a taxa de juros inicia em 4,5% a.a. e o subsídio pode chegar a até R$ 29 mil.

Quando você compra um imóvel, pode reformar, pintar e personalizar da forma que seu bolso permitir, além da tranquilidade de morar no que é seu! Mas também ficará sujeito às oscilações do mercado e quanto à valorização ou não do bem. Não podemos deixar de citar que, caso a opção seja pela compra do imóvel, é preciso calcular os custos com pagamento de ITBI — imposto a ser pago à Prefeitura — e o custo para o registro do contrato no Cartório de Registro de Imóveis.

Ou é melhor alugar?

Alugar proporciona a liberdade de poder mudar de imóvel mais fácil e rapidamente, quando for necessário, além de não se expor à volatilidade dos preços (esses custos são suportados pelo proprietário do imóvel). Porém, também não te dá a segurança de continuar no mesmo imóvel, pois sempre existe o risco de o locador não querer prorrogar o contrato. Aqui também não podemos deixar de lembrar que, para a locação, é necessário apresentar uma garantia, que pode ser o fiador, o seguro fiança ou até mesmo um título de capitalização.

Considerando pura e simplesmente os termos financeiros, uma forma fácil e prática é calcular a taxa de retorno. Esse cálculo vale para as compras à vista.

(Valor do aluguel/Valor total do imóvel)*100 = TAXA DE RETORNO

A taxa de retorno deverá ser comparada com o retorno mensal de uma aplicação em renda fixa. Se a taxa de retorno for maior que o rendimento das aplicações, vale a pena comprar o imóvel. Se for menor, continue alugando e invista o dinheiro. Ou seja, se temos um aluguel de R$ 3 mil para um imóvel que vale R$ 500 mil, a taxa de retorno é de 0,6%; logo, se a aplicação render menos que 0,6% é um bom momento para comprar o imóvel. Caso o rendimento seja superior é melhor manter o dinheiro aplicado.

Já para os casos financiados de forma simplista, podemos fazer o seguinte cálculo: se em 15 anos vou pagar R$ 1 milhão por um imóvel de R$ 500 mil no financiamento, em quanto tempo chego aos R$ 500 mil se investir esse dinheiro? Se esse prazo for superior aos 15 anos vale a pena financiar; caso seja inferior é melhor ficar no aluguel e aplicar o dinheiro. Os aluguéis estão mais sujeitos às movimentações macroeconômicas que o valor de venda, que está mais atrelado à demanda. Mesmo com o cenário atual, o custo da locação subiu em (nos últimos 12 meses) 1,44%, ao passo que o valor de venda dos imóveis caiu 0,32%. Outra observação importante é que o imóvel que se compra não é um investimento — imóvel é patrimônio!

O interessante aqui é que não existe uma resposta padrão que vai valer para todas as pessoas. Essa decisão depende muito do momento de vida de cada um; mas o mais importante, antes de decidir por qualquer um dos caminhos, é fazer contas e procurar ajuda especializada para um melhor entendimento e esclarecimento do assunto.

 

Por:
Daniele Akamines, diretora da Akamines Negócios Imobiliários

 

 

Crédito: Divulgação
Fonte: Estilo Press Assessoria de Imprensa